Em sua coluna, na edição 176 (fev/2013) da Revista Cult, Alcir Pécora nos traz um trecho das “Reflexões ou Sentenças e Máximas Morais“, de François de La Rochefoucauld (1613-1680). No pequeno trecho, uma reflexão sobre a morte.
Segundo La Rochefoucauld, apesar de muito já se ter escrito para mostrar que a morte não é um mal alguém acreditaria que não seja algo desprezível? Não à toa, “tudo o que a razão pode fazer por nós é aconselhar-nos a desviar os olhos para colocá-los em outros objetos”, evitando-se, com isso, maiores discussões sobre o assunto.
Mas, de acordo com Rochefoucauld, “se não quisermos acreditar que ela é o maior de todos os males" será necessário nos aproximarmos dela com menos indiferença, afinal:
A glória de morrer sem abatimento, a esperança de ser lembrado com saudade, o desejo de deixar uma bela reputação, a confiança em estar livre das misérias da vida e em não mais depender dos caprichos da fortuna são remédios que não devem ser desprezados.
Mas, quantos são os que levarão mesmo isto em conta?
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