"...Me deixei maltratar por pessoas que não eram melhores que eu em caráter ou capacidade..." (F. S. Fitzgerald, escritor).
Folheando alguns recortes me deparei com uma coluna da Márcia Tiburi (Cult, mar/2013) onde ela cita a frase acima para servir de exemplo para o necessário "esforço de resistência" em entender as estruturas que nos humilham, e resistir à subserviência. A frase, porém, implica... algo muito forte, ou seja, a tomada da consciência de si, do valor próprio, para que possamos deixar de crer em um destino infeliz que tenta se impor de forma inexorável. Mas, então, a partir de onde estamos sendo humilhados?
Márcia nos dá dois exemplos: o da política e o mídia que, voltada em grande parte para uma indústria cultural e de entretenimento de mau gosto*, brinca com a inteligência e sensibilidade das pessoas, com sua programação desrespeitosa e ignorante. Sobre a política nos diz o seguinte: "...a política de nosso tempo não é mais política porque, em vez de ser laço em que as relações entre indivíduos e instituições são valorizadas constituindo a ação capaz de dar sustentabilidade à sociedade, se transformou no gesto de negar o outro, o gesto antipolítico por excelência...".
Ora, sempre entendi que a "política", conceitualmente falando, tem uma forte capacidade agregadora. Ela junta, reúne, estimula o debate, motiva à ação. É isso que lhe permite criar um "laço" social, dando a sustentabilidade à sociedade de que Márcia Tiburi fala. Mas, na prática, e cada vez mais no tempo atual, o que se vê é a desmoralização da vida política e sua transformação em um campo onde lobos devoram homens, onde domina o preconceito, a mentira, o cinismo e a violência. O político, antes um "representante", cada vez mais nos humilha com suas atitudes (corrupção e descaso, principalmente). Esta, infelizmente, tem sido a regra. A politica tem sido o campo do "impossível". Recuperar este conteúdo da política, enquanto "laço", é fundamental. Mas, para isso, não esperemos por "políticos bonzinhos". Temos que refletir sobre o que F.S. Fitzgerald nos fala na frase acima e...reagir, não permitindo humilhações. Algumas coisas nós podemos fazer sim!
Folheando alguns recortes me deparei com uma coluna da Márcia Tiburi (Cult, mar/2013) onde ela cita a frase acima para servir de exemplo para o necessário "esforço de resistência" em entender as estruturas que nos humilham, e resistir à subserviência. A frase, porém, implica... algo muito forte, ou seja, a tomada da consciência de si, do valor próprio, para que possamos deixar de crer em um destino infeliz que tenta se impor de forma inexorável. Mas, então, a partir de onde estamos sendo humilhados?
Márcia nos dá dois exemplos: o da política e o mídia que, voltada em grande parte para uma indústria cultural e de entretenimento de mau gosto*, brinca com a inteligência e sensibilidade das pessoas, com sua programação desrespeitosa e ignorante. Sobre a política nos diz o seguinte: "...a política de nosso tempo não é mais política porque, em vez de ser laço em que as relações entre indivíduos e instituições são valorizadas constituindo a ação capaz de dar sustentabilidade à sociedade, se transformou no gesto de negar o outro, o gesto antipolítico por excelência...".
Ora, sempre entendi que a "política", conceitualmente falando, tem uma forte capacidade agregadora. Ela junta, reúne, estimula o debate, motiva à ação. É isso que lhe permite criar um "laço" social, dando a sustentabilidade à sociedade de que Márcia Tiburi fala. Mas, na prática, e cada vez mais no tempo atual, o que se vê é a desmoralização da vida política e sua transformação em um campo onde lobos devoram homens, onde domina o preconceito, a mentira, o cinismo e a violência. O político, antes um "representante", cada vez mais nos humilha com suas atitudes (corrupção e descaso, principalmente). Esta, infelizmente, tem sido a regra. A politica tem sido o campo do "impossível". Recuperar este conteúdo da política, enquanto "laço", é fundamental. Mas, para isso, não esperemos por "políticos bonzinhos". Temos que refletir sobre o que F.S. Fitzgerald nos fala na frase acima e...reagir, não permitindo humilhações. Algumas coisas nós podemos fazer sim!
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(*) sei que este termo é "perigoso" e soa elitista, mas é o único que encontro agora para definir uma programação que, longe de ser "popular", não passa de pornográfica, insultuosa, e que não nos exige mais do que apertar o botão que liga e desliga a TV. Vivemos, ou não, uma forte época de "rebaixamento cultural"?