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terça-feira, 13 de maio de 2014

O medo inconsciente do voto facultativo

Artigo, no Observatório da Imprensa, a respeito da pesquisa Datafolha que aponta alta rejeição ao voto obrigatório entre os brasileiros.

O medo inconsciente do voto facultativo (José Henrique P. e Silva)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Dilma não está associada às mudanças necessárias!

A pesquisa do Datafolha, feita ontem, foi a primeira após a "reação" da presidente (anúncio do aumento do Bolsa Família, diminuição do "volta Lula" etc.). Diria o seguinte:

Se a eleição fosse hoje o 2° turno seria "inevitável" (Dilma tem menos votos que a soma dos demais candidatos). Dilma perdeu poucos votos agora pela sua "reação" mas, já é a candidata com maior "rejeição" (35%) e está menos associada à possíveis "mudanças" (Aécio já aparece como o nome mais preparado). 

A continuar neste ritmo, mesmo que atenue sua queda (continua em oscilação negativa) a presidente será vista com cada vez menos "bons olhos". Se a conjuntura econômica não mudar rapidamente, será necessário que o "volta Lula" (Lula ainda é visto mesmo como um "bom reserva") ou aconteça mesmo ou tenha capacidade de transferir apoio pra presidente, do contrário, é esperar que a inauguração de obras e o tempo de TV faça milagre durante a campanha. 

O complicado pra Dilma é que os nomes de Aécio e Campos, que ainda têm muito espaço para aumentar seu "conhecimento" junto ao eleitorado, já estão capitalizando essa "insatisfação" com o governo federal e surgindo com "bons olhos". Parece que dessa vez o PT vai enfrentar uma eleição com uma conjuntura econômica desfavorável, com muitos flancos abertos (corrupção, ineficiência administrativa etc.) e, pior, com candidatos de oposição que "agradam" e são capazes mesmo de capitalizar a insatisfação e o anseio por mudanças.

Enfim, a próxima alteração de conjuntura, ainda antes do início das campanhas, me parece, será com a entrada em cena da Copa do Mundo e as possíveis manifestações. Vamos esperar pra ver como a população se comporta.

(José Henrique P. e Silva)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Pesquisa Vox Populi e suas "artimanhas"

A divulgação da pesquisa do VOX POPULI anteontem sobre a disputa presidencial me chama a atenção para algo que, vez por outra, ocorre em época de eleição. Na rápida tabela que montei abaixo se percebe que o VOX POPULI fez a pesquisa nos dias 6 e 8 mas só divulgou em 16.04. O DATAFOLHA havia feito uma pesquisa semelhante nos dias 2 e 3 e divulgado no dia 5 de abril. Pode-se dizer que os resultados estão dentro da margem de erro (38% para Dilma no DATAFOLHA e 40% no VOX). 

O problema está justamente na DATA DE DIVULGAÇÃO dos resultados. Divulgar um resultado com 8 ou 9 dias de diferença, como fez o Vox Populi, não é recomendável pois estamos tratando de CONJUNTURAS DISTINTAS (embora os dados possam estar corretos). Percebe a questão? Além disso, a pesquisa do VOX apontou uma oscilação positiva da Dilma (de 38% do Datafolha, para 40%). Me chamou a atenção porque isso parece ser muito comum no VOX POPULI. Em 2010 para a disputa do Senado o mesmo já acontecera em Pernambuco, quando o VOX também demorou pra divulgar os resultados e o fez com uma intenção de voto bem superior à divulgada pelo Datafolha. 

Onde está o problema então? Ora, divulgar dados com uma boa defasagem de tempo significa que você está tentando "FREAR UMA OSCILAÇÃO" (no caso, a oscilação negativa da Dilma, confirmada pela pesquisa do IBOPE com 37%) e também criar um clima de "otimismo" tentando "ABAFAR UMA CONJUNTURA DESFAVORÁVEL" (escândalo da Petrobrás). É simples! Não é tão difícil perceber isso!!! Estamos falando de conjunturas distintas que a pesquisa do Vox Populi tentou "negar".

Agora, outra questão: quem acolheu esta pesquisa do VOX POPULI com tanto tempo de atraso? A Revista CARTA CAPITAL. Olha, nada contra a revista, mas isso é só um exemplo de que temos que acabar com essa besteira de que tudo o que sai na VEJA é "falso" e tudo o que sai na CARTA CAPITAL é "verdadeiro", como se a esquerda estivesse com a "verdade" ao seu lado. Não estamos falando de ideologia (ideologia hoje só serve mesmo pra quem não gosta de pensar muito), estamos falando de disputa eleitoral, interesses, poder... e nisso o PT e seus aliados (como o VOX POPULI e a CARTA CAPITAL) são tão eficientes quanto os demais. Só não vale, entretanto, é ficar posando de "santinho" e "dono da verdade", e usar esse tipo de artimanha antiética e imoral onde se usa um instrumento técnico como a pesquisa eleitoral pra MANIPULAR UMA CONJUNTURA. Infelizmente esse tipo de debate não chega à grande população. Infelizmente.

O que é isso que acontece com o VOX POPULI? Incompetência técnica e falta de agilidade? Deliberada "proteção" a seus candidatos? É nesta hora que o TSE deveria exigir respostas por parte dos institutos de pesquisa e a mídia deveria ser mais responsável com a divulgação de dados. Bem, mas não estamos falando de situações ideais e sim de uma disputa de interesses que é sempre ferrenha.

(José Henrique P. e Silva)

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ainda é cedo para o eleitor decidir-se!

Muita gente se espanta com algo que vem acontecendo no cenário político, ou seja, ao mesmo tempo que cresce o pessimismo do brasileiro com a economia a Dilma se mantém razoavelmente como favorita para as eleições. Nesse quadro muitos passam a desacreditar em pesquisas etc. O que explica isso? Ora, simplesmente AINDA NÃO CHEGOU A HORA DO ELEITOR DECIDIR-SE. 


Apesar do pessimismo ser crescente o debate eleitoral ainda não chegou às ruas (talvez no facebook e alguns círculos mais restritos sim, mas nas ruas não!). Então, é absolutamente natural que o eleitor se comporte de forma conservadora, ou seja, diz que vai votar em que está no governo, em quem conhece mais, em quem, enfim, tem maior lembrança. À medida que o debate eleitoral for chegando às ruas, o eleitor começará a pensar mais seriamente em sua escolha e aí muita coisa pode mudar. "Poder mudar" não significa "mudar". Isso vai depender da capacidade do governo em blindar-se contra as críticas e da capacidade da oposição em colocar-se como alternativa. 

Mas, até lá tem muita coisa pra acontecer. Ainda é cedo pra mudanças significativas nas pesquisas eleitorais. É muito comum que, só após a entrada da TV (programa eleitoral) em cena, que o eleitor comece a pensar mesmo em quem vai votar. Por enquanto a "briga" entre governo e oposição é por espaço na mídia e na cabeça do eleitor!!! E isso é muito importante, muito mesmo!!!

(José Henrique P. e Silva)