Hoje me deu vontade de escrever algo. Hoje não, agora!!! Neste mesmo instante. Não dá tempo nem de pensar sobre o que quero escrever. Só quero escrever! E com urgência, muita urgência. Pra que pensar? Pensar eu pensei durante horas, dias, semanas. Agora só quero escrever algo. Mas a vontade mesmo é de escrever uns palavrões, muito palavrões, muitos mesmo. Não pra ofender ninguém. Mas para comemorar. Claro! Palavrão também foi feito para se comemorar algo. Ou não? Bem, eu sempre gostei de soltar um palavrão em certos momentos de felicidade. Então vá lá...que porra, cacete... estou muito feliz nesse momento. E aposto que vai ser duradouro. Sim, pode ser duradouro sim, e se não for, foda-se, eu arranco a felicidade novamente e a trago para acalmar meu peito. Há momentos que a gente mergulha, percebe logo que, droga, é areia movediça, depois vem aquela cor de lama, em seguida o cheiro de algo muito podre. Sim, nessa hora estamos na merda, na maior merda. E é muito fácil gostar dessa merda toda. Afinal, quem não quer se colocar como vitima, como sofredor, como carente. Tá, tudo isso é legal. Mas, é foda, você vira pra um lado só lama, vira pro outro, só lama. E aí? Vou ficar nadando de braçadas nesta poça de merda em que me meti? Chego até a dar uns mergulhos, ensaio uns movimentos que lembro ainda do meu tempo de natação, mas, que saco, isso é horrível. Está mais para uma paralisia. É uma posição lastimável, necessária, fundamental, mas lastimável. Me dei o direito sim de ficar na lama por um tempo, mas, de repente ouço um "toc toc" na porta. Não, infelizmente não é o Bob Dylan, nem o Eric Clapton, nem o Roger Waters cantando "Knockin' on Heaven's Door". Se fossem, puta que pariu, eu me ajoelhava. Aliás, pra inveja de alguns, já tive o prazer de apertar as mãos e trocar duas frases com o Roger Waters. Já dava pra morrer feliz. Mas, não! Ainda não! Porra, vou ouvir esta música agorinha mesmo, vou ouví-la umas três vezes antes de dormir, ou mais. Tá, não é nenhum dos três, tudo bem! Mas é a minha liberdade. A liberdade de agora poder me olhar no espelho, com toda a lama no corpo, e retirá-la, pouco a pouco, deixando vir à tona um cara diferente. Não, diferente não! Apenas um cara que estava guardado, meio que soterrado debaixo de entulhos de regras, convenções etc. Foda-se isso, quero ser feliz, não quero ter razão nenhuma. Nenhuma mesmo. Foi A. Schopenhauer quem disse isso? Em tempos dessa bosta de Facebook a gente acaba ficando confuso com as autorias. Bem, se não foi, deve ter sido a Clarice Lispector, afinal atribuem tudo a ela. Não que não seja merecido. Enfim, deixa o Facebook pra lá. O fato é que é a hora de saber o que fazer quando abrir a porta e deixar a liberdade entrar. Recebê-la com carinho, com atenção, com muito respeito. Não vou me lambuzar como me lambuzei na merda. Vou ser mais cauteloso, mas justamente para estar lúcido o suficiente para não deixá-la escapar, mas, quando ela estiver suficientemente seduzida por mim, aí sim, me lambuzarei dela, nadarei de braçadas, como um bom filho da puta que, quando criança, não pode ver um doce na sua mão que vem logo tirar de você, rsrsrs. Ahh, já está bom. Não quero mais escrever. Agora vou dormir. E já sei como quero que seja meu sonho. Aliás, é a última chance dele. É a última chance deste sonho surgir na madrugada e na minha cama, pois a partir de amanhã ele começa a se realizar, e aí o bicho vai pegar!
Interessante e construtivo na busca or mudanças de comportamento e atitudes -- Parabéns - Já estou seguido o Blog... Visitem o meu:
ResponderExcluirPrezado amigo
Para ajudar a aliviar o sofrimento e aprender a celebrar a vida.
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Cordialmente
Dr. Raúl Ariel